Comprar a casa própria fica mais fácil

A compra da casa própria: A perspectiva de que a economia passe por uma melhora no ano que vem, interfere diretamente no mercado imobiliário, trazendo também, uma melhora significativa. Precisamos nos manter otimistas! Segundo especialistas e profissionais do ramo, os interessados em adquirir um imóvel próprio podem aparecer em maior número no próximo ano.

São dois os fatores que conspiram a favor desta busca pela casa própria: os preços devem continuar relativamente estáveis e o custo do crédito deve ficar menos por conta da redução da taxa de juros.
Segundo uma pesquisa feita pelo portal imobiliário VivaReal obtida pelo Estado, tanto compradores quanto corretores e imobiliárias estão se mantendo otimistas quanto a mudança deste cenário neste ano.

Este grupo ainda projeta uma flexibilização nas negociações no próximo ano, ou seja, será possível encontrar mais descontos no valor de venda dos imóveis.

“Em outras épocas, a percepção dos corretores em relação à necessidade dessa flexibilização era bem menor, mas a queda da procura forçou essa postura”, afirma Lucas Vargas, presidente do VivaReal.

Segundo a Abecip, associação das instituições financeiras que emprestam com recursos da poupança, a aceleração no corte dos juros pelo Banco Central poderá tornar os financiamentos mais baratos e estimular ainda mais o mercado imobiliário.Em estimativa, foi apontado um aumento de 11% nas concessões, para R$ 50 bilhões. Em 2016, espera-se que o mercado encerre com R$ 45 bilhões liberados para compra e construção de imóveis, segundo Gilberto Abreu, presidente da Abecip.

Com o objetivo de otimizar o crédito, o teto máximo do Sistema de Financiamento Habitacional (SFH), que dá acesso a juros menores, foi elevado de R$ 750 mil para R$ 950 mil no Distrito Federal e Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Já no restante dos estados, o limite foi de R$ 650 mil a R$ 800 mil. Desde 2013 estes valores não tinham sido alterados.

Além disso, o financiamento de imóveis de até R$ 1,5 milhão pelo SFH passou a ser permitido. Porém, esta medida foi limitada a um ano e não prevê o uso do FGTS para agregar no valor de entrada do imóvel, ou ainda poder abater o financiamento.

Segundo as contas feitas pelo coordenador do Núcleo de Real Estate da USP, João da Rocha Lima Jr., além do aumento do teto do SFH, a demanda dos consumidores que passará por uma melhora significativa, não serão suficientes para gerar grande pressão para reduzir o valor dos imóveis comercializados.

Segundo Lima Jr., o valor do metro quadrado pode passar por uma pequena alta por conta da projeção de alta de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Este assunto foi discutido pelo pesquisador Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice de preços FipeZap.

“Talvez os preços terminem este ano com um viés um pouco maior de alta, mas ainda perdendo para a inflação”, afirma. “Existe uma demanda constante por moradia apesar de todos os problemas da economia. Não é que os anos dourados voltarão, mas pode ser um ano mais positivo”, completa.

Indicadores do mercado apontam que o valor dos imóveis estagnou e variou menos so que a inflação deste ano. Na Abecip, o Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial, recém-lançado, mostra recuo médio de 2,3% em nove regiões do País.

Quando o assunto é aluguel, o cenário de retomada do mercado imobiliário deve ser observado com atenção pelos inquilinos. É comum o mercado de aluguel de imóveis variar os preços mais rápido do que o mercado de venda.

No cenário atual, o consumidor saiu no lucro por conta dos preços de aluguel caírem antes do valor da venda ceder. Porém, quando esta situação inverter, quem estiver a procura de um imóvel para alugar poderá sentir o efeito em primeira mão.

 

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